Anthony Doerr, Fernanda Melchor, Ivana Sajko, Katja Oskamp, Kim Thúy e Percival Everett são os seis finalistas do Prémio Literário de Dublin 2023, hoje anunciado, que deixou para trás os autores lusófonos Yara Monteiro e Luiz Ruffato.

Entre os 70 autores oriundos de 31 países que integravam na lista longa de candidatos ao Prémio Literário Internacional de Dublin 2023, escolhida por 84 bibliotecas de todo o mundo, figuravam os nomes da portuguesa de origem angolana Yara Monteiro, com “Essa dama bate bué”, e do brasileiro Luiz Ruffato, com “O verão tardio”.

A organização anunciou hoje a lista de finalistas, que integra qutro mulheres (uma mexicana, uma croata, uma alemã e uma canadiana-vietnamita) e dois homens (ambos norte-americanos).

“Paradais” da autora mexicana Fernanda Melchor, com tradução para inglês de Sophie Hughes, é um dos finalistas a este prémio, tendo sido já candidato ao Prémio Booker Internacional.

Com o seu anterior romance, “Temporada de furacões”, publicado em Portugal desde o início do ano pela Elsinore, Fernanda Melchor esteve também entre os finalistas dos prémios Dublin e Booker Internacional.

“Cloud Cuckoo Land”, do norte-americano Anthony Doerr, que foi editado em Portugal pela Presença em 2021, com o título “Uma cidade nas nuvens”, é outro dos finalistas ao Prémio Literário de Dublin, a que concorre o também norte-americano Percival Everett, com o romance “The trees”.

A autora canadiana-vietnamita Kim Thúy concorre com a obra “Em”, traduzida do francês por Sheila Fischman, a croata Ivana Sajko é finalista com “Love novel”, que tem tradução de Mima Simic, e a alemã Katja Oskamp candidata-se com “Marzahn, Mon Amour”, traduzido por Jo Heinrich.

O vencedor do prémio será revelado a 25 de maio.

Entre os primeiros nomeados para o prémio que também ficaram para trás, e que se encontram publicados em Portugal, contavam-se “A estrela da manhã”, de Karl Ove Knausgard, “A anomalia”, de Hervé Le Tellier, “Grande Hotel Europa”, de Ilja Leonard Pfeijffer, “Lincoln Highway”, de Amor Towels, “A ilha das árvores desaparecidas”, de Elif Shafak, “Pequenas coisas como estas”, de Claire Keegan, “Mar de tranquilidade”, de Emily St. John Mandel, e “Encruzilhadas”, de Jonathan Franzen.

O Prémio Literário de Dublin é organizado pela autarquia da capital da Irlanda e gerido pelas bibliotecas públicas da cidade, com um valor monetário de 100 mil euros, a serem entregues na totalidade ao autor da obra vencedora, se esta for escrita em inglês, ou, no caso de tradução, a dividir entre escritor e tradutor, nos valores de 75 mil euros e 25 mil euros, respetivamente.

O romance “The art of loosing”, da autora francesa Alice Zeniter, foi o vencedor do Prémio Literário de Dublin 2022.